O projeto “Ministério Público e Mermãs Digitais nas Escolas”, um dos vencedores do Prêmio Minerva, é uma iniciativa inovadora que busca conscientizar alunos sobre a importância do combate à violência contra a mulher e da utilização segura das redes sociais. Desenvolvido pela associada da AMPEM e promotora de justiça Gabriele Gadelha Barboza de Almeida, da 8ª Promotoria de Justiça de Imperatriz, o projeto já impactou milhares de estudantes no Maranhão e se destaca pela sua abordagem preventiva e educacional.

Objetivos e Escopo

O principal objetivo do projeto é prevenir práticas de violência doméstica, sensibilizando estudantes sobre questões de gênero e empoderamento feminino. Além disso, busca promover uma maior segurança digital, orientando os jovens sobre os perigos presentes nas redes sociais e como proteger seus dados pessoais.

A ação abrangeu 274 alunos em 7 escolas na sua primeira etapa e 1078 alunos de 41 escolas na segunda etapa, envolvendo palestras, oficinas e concursos de redação e vídeos, abordando tópicos como a Lei Maria da Penha e as tecnologias digitais.

Metodologia e Impacto

O projeto foi realizado em duas etapas: inicialmente, oficinas e minicursos foram promovidos para discutir aspectos da Lei Maria da Penha e segurança digital. Em seguida, os alunos participaram de um concurso de redação e reels (vídeos curtos), onde refletiram sobre temas como a igualdade de gênero no ambiente de trabalho, empoderamento feminino e os riscos associados ao uso da internet.

Entre os temas abordados, os alunos discutiram:

• Desafios da igualdade de gênero no trabalho.
• Superação de estereótipos culturais relacionados ao empoderamento feminino.
• Educação como ferramenta de empoderamento.

As redações e vídeos foram avaliados por técnicos da Secretaria Municipal de Educação de Imperatriz, da Academia Imperatrizense de Letras, e do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), que integra o projeto Mermãs Digitais.

Resultados

O projeto alcançou grande adesão nas comunidades envolvidas, com destaque para a participação das escolas rurais de Imperatriz. O concurso premiou os melhores trabalhos com celulares, Kindles e bolsas de estudo de inglês.

Esse impacto positivo não se limita à conscientização dos alunos. Segundo a promotora Gabriele, o projeto também visa capacitar as futuras gerações para reconhecer e combater as violências de gênero e o uso inadequado das redes sociais, fortalecendo o papel preventivo do Ministério Público.

Conclusão

O “Mermãs Digitais e o MP nas Escolas” é um exemplo de como a educação preventiva e a inclusão digital podem transformar a vida de jovens e ajudá-los a construir uma sociedade mais justa e segura. Com uma abordagem multidisciplinar, o projeto continua a fortalecer os vínculos entre o Ministério Público e a comunidade escolar.

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